Wednesday, February 28, 2007

Investimento no Concelho paralisado

Assembleia Municipal analisa desenvolvimento económico do concelho

O lançamento do concurso público para a requalificação urbana da Praia da Areia Branca e Foz do Rio Grande, que já foi publicado em Diário da República e que está orçado em 3 milhões e 320 mil euros, terá de ter as obras concluídas até Julho de 2008.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal da Lourinhã na última Assembleia Municipal, realizada no passado dia 9 de Fevereiro.Em resposta às críticas da oposição, que acusou o executivo camarário de estar a fazer” uma gestão paralisante e de assuntos meramente correntes” e levantado a questão sobre “a ausência de novos investimentos”, como frisou o deputado Filipe Santos, José Manuel Custódio revelou uma série de investimentos que se perspectivam a curto e médio prazo. Ainda na esfera municipal, prometeu que depois das obras do Pólo Educativo do Reguengo Grande, em curso, serão construídos de seguida os pólos de S. Bartolomeu dos Galegos e da Atalaia, conforme está previsto na Carta Educativa.

Foram, entretanto, aprovadas três candidaturas para obras no saneamento básico, ainda no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio, que encerrou a 31 de Dezembro. No tocante ao apoio social, que contempla as novas creches e lares de idosos, se os projectos das instituições sociais concelhias forem aprovadas pelo Governo no âmbito do Programa Pares, a Câmara Municipal assumirá a componente financeira que compete aos proponentes, caso não eles tenham essa possibilidade, de forma a não se perder nenhuma oportunidade. Foi o que aconteceu com as futuras creches da Moita dos Ferreiros e do Reguengo Grande.Apostas internacionais na Lourinhã.

No tocante às iniciativas privadas, José Manuel Custódio revelou que existem alguns investidores que apresentaram projectos, que foram aprovados pela Segurança Social, para a criação de residências assistidas, destinadas preferencialmente a idosos, uma das quais terá à sua conta um edifício com 60 quartos. Há também conversações com uma empresa francesa que opera nesta área, que pretende construir no concelho um empreendimento com 608 quartos e, ainda, uma escola de formação profissional ligada à Terceira Idade.Mas o maior investimento que se perspectiva para a Lourinhã é a construção do “resort” de luxo na zona de Paimogo, há muito falado e ainda não confirmado oficialmente. O projecto está ainda em avaliação nas entidades competentes, tendo em conta o que a empresa, de capitais irlandeses, pretende fazer numa área com 109 hectares. Para além de um campo de golfe com 18 buracos, está prevista a construção de um hotel com 150 quartos e instalações de turismo residencial que totalizarão 3.200 camas, ao que se juntará uma academia de golfe e um centro hípico. Caso se concretize, trata-se do maior investimento turístico de sempre no concelho, que irá utilizar, como emblema, o Forte de Paimogo. “Estamos com fortes esperanças de conseguir este investimento”, disse José Manuel Custódio aos deputados municipais. Ainda na área turística, um investidor irlandês adquiriu as antigas instalações da Lourifruta, perto da Praia do Areal, para ali construir um empreendimento de luxo, também no segmento do turismo residencial.

Carta Educativa aprovada. Mas, tal como se esperava, foi a Carta Educativa do Concelho da Lourinhã que dominou o debate, tendo sido aprovada apenas com os votos da bancada socialista, com a oposição do PSD/CDS-PP a criticar fortemente o documento, tal como fizemos referência na notícia publicada na última edição do “Alvorada”. O documento segue agora para a Direcção Regional de Educação de Lisboa, a quem compete aprovar oficialmente a proposta da autarquia lourinhanense, para que entre, então, em vigor.

Sem qualquer contestação, foi aprovada por unanimidade a primeira alteração ao Regulamento de Instalação e Funcionamento dos Estabelecimentos de Hospedagem do Concelho, tendo sido também viabilizada, com os votos favoráveis do PS e a abstenção do PSD/CDS-PP, a proposta de delegação de competências com as onze Juntas de Freguesia.

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