Monday, March 12, 2007

Deputado questiona governo sobre IC 11


Duarte Pacheco, deputado social-democrata da Assembleia da República eleito pelo Oeste, acaba de pedir explicações ao governo sobre a construção do futuro IC 11 (também conhecido por A18), que ligará a A8 à A1. O deputado pretende obter do gabinete do ministro das obras públicas a confirmação do anúncio do avanço da construção desta infra-estrutura rodoviária.
Recorde-se que o secretário de Estado das obras públicas, Paulo Campos, confirmou em Janeiro em Torres Vedras que o governo estava a estudar alterações ao traçado do IC 11, que poderão não contemplar uma saída do nó da A8 no Sarge e passar pelo interior do concelho, mas sim começar mais a sul na A8, já fora do concelho torriense, na saída em Pêro Negro.
O social-democrata quer por isso conhecer o novo mapa e quer que o governo clarifique de uma vez por todas se há decisão oficial sobre este assunto.E a haver alteração ao traçado, Duarte Pacheco pretende conhecer as alternativas para Torres Vedras, de modo a beneficiar este concelho.
Recorde-se que Paulo Campos anunciou em Torres Vedras em Janeiro que está a ser estudado um novo acesso ao litoral do concelho de Torres Vedras, para beneficiar Santa Cruz, bem como a recuperação da EN 9 (Alenquer/Torres Vedras), cuja adjudicação está para breve, à qual se junta a melhoria da EN 238 (estrada interior que liga a localidade S. Domingos de Carmões a Alenquer).

Vila Natal vs. Vila Jurássica

A vila de Óbidos acolheu, de 1 de Dezembro de 2006 a 6 de Janeiro de 2007, a iniciativa ‘Óbidos Vila Natal BES’, por onde passaram mais de 155 000 visitantes, duplicando o número de visitas esperadas para este evento e evidenciando o seu notório sucesso. Milhares e milhares de pessoas renderam-se ao charme da encantadora vila obidense, o primeiro parque temático do País e da Europa alusivo ao Natal, promovido pelo Município de Óbidos e com a intervenção do Banco Espírito Santo, na qualidade de Mecenas.

Tive a oportunidade de visitar a Vila Natal, onde fui surpreendida pela variedade de espaços recriados e embelezados, com o particular objectivo de encantar o imaginário infantil, apesar de agradar tanto a miúdos como a graúdos. Cruzei-me com dezenas de animadores, entre os quais Duendes, Renas, Bonecos de Neve e, claro, quem não poderia faltar a este evento: o Pai Natal. A iniciativa contava com diversos atractivos mágicos, dos quais saliento a Pista de Gelo, a Aldeia do Pai Natal e o Presépio e ainda todas as iniciativas que passavam por concertos, desfiles, decoração das ruas e até a queda de neve artificial!

Tenho também conhecimento de que existiram acções de cariz social e solidário, tendo sido distribuídos dezenas de presentes a crianças desfavorecidas de algumas instituições, pelas mãos do jogador Cristiano Ronaldo, e tendo mesmo existido uma campanha para oferecer um cabaz de natal às famílias mais carenciadas do município, mostrando que não se tratou só de um projecto económico, que porventura ofuscaria a magia e o verdadeiro sentimento do Natal. Veio a provar-se o contrário.

Nas palavras de Telmo Faria, presidente da Autarquia, "três objectivos dominaram este evento: o Natal, a Solidariedade e a Família e foram, claramente, atingidos. A revitalização económica também foi muito importante. A Óbidos Vila Natal Banco Espírito Santo foi um bom exemplo de como é possível dinamizar economicamente um vasto conjunto de actividades, com uma grande ocupação na hotelaria, restaurantes e no comércio em geral. Por outro lado, com este evento a imagem da Vila de Óbidos gerou para o exterior a dinâmica de uma vila forte. Foi um indiscutível promotor do concelho". E o Presidente não se engana e os números assim o mostram. Dos 155 000 visitantes, cerca de 60% foram crianças, 5 toneladas de guloseimas foram vendidas, o volume de negócio dos comerciantes locais, em média, quintuplicou, e chegou mesmo a decuplicar no caso de alguns comerciantes, imagine-se bem!

De repente, parto de Óbidos e o sonho e o encanto desvanecem. Chego à Lourinhã, a Vila Jurássica que tanto gosto. Não há luz, nem a cor nem o brilho de projectos como este que bafejou Óbidos de visibilidade económica e que proporcionou a milhares de pessoas momentos de lazer de indiscutível qualidade.

Analisando a questão, e não tirando o mérito a Telmo Faria e a toda a uma equipa por detrás do projecto ‘Óbidos Vila Natal’, o Natal existe em todo o lado. Não é algo exclusivo ou próprio de uma terra, que nos conduza a uma clara identificação. Apesar de tudo, foi feito investimento e esquematizada toda uma estratégia de marketing, que conduziu ao sucesso da iniciativa.

Já nós, na Lourinhã, temos o privilégio de ter os dinossauros, alguns deles achados únicos e inigualáveis em todo o mundo. Somos a Capital Europeia dos Dinossauros. E do que nos serve isso? É certo que é de louvar o esforço do Museu da Lourinhã, por tudo o que tem feito em prol dos dinossauros, mas já se pede mais a uma terra que tem todo este património do que simplesmente o mostrar num museu, semelhante a qualquer outro museu de uma qualquer outra autarquia. Pede-o a Cultura e pede-o também a Economia, o Desenvolvimento, o Progresso, que têm de ser palavras cada vez mais comuns no nosso quotidiano e não umas longínquas desconhecidas.

Não posso deixar de referir o projecto de criar um Parque Temático dos Dinossauros, promovido pela Coligação Novos Rumos (PPD/PSD-CDS/PP), nas últimas Eleições Autárquicas. Este Parque, tirando partido dos achados de dinossauros, pretendia lançar uma indústria de lazer, divertimento, conhecimento e ciência, que impulsionasse a Economia e o Turismo. Pretendia-se um projecto arrojado, em que este Parque, devidamente integrado por um arranjo paisagístico, possuísse zonas de lazer, divertimento, desporto, áreas de restauração, hotelaria, um Museu dos Dinossauros, uma Biblioteca, um Centro de Ciência Viva, um Pavilhão Multiusos com Centro de Congressos e uma Sala Espectáculos.

Havia já contactos com diversas equipas de técnicos, especialistas e investidores nacionais e estrangeiros que manifestaram o propósito de investir na Lourinhã, tirando proveito das suas potencialidades, pois é zona de praia e de campo, muito próxima da capital do país.
Na altura da campanha, foi bastante criticado por se falar na hipótese de criar cerca de novos 500 empregos directos e indirectos e por se anunciar a atracção de 300 000 visitantes por ano. Houve quem nos chamasse de utópicos, sonhadores e quem até sugerisse que não existiria seriedade intelectual e honestidade política em anúncios desta natureza. Recordo-me até da polémica que um cartaz colocado numa das rotundas da Lourinhã, junto ao Centro de Saúde, provocou. Como o tempo clarifica as coisas e nos vem mostrar a Razão, (à semelhança da História, que tem o dom de nos poder julgar sem punições maiores no Futuro do que aquelas que já temos no Presente), creio que seria importante o nosso Poder Local colocar os olhos em Óbidos e em Braga, onde nunca foram descobertos dinossauros, mas onde existe um parque temático a eles dedicado: a ‘Bracalândia’.

Em suma, Óbidos é a Vila Natal e Lourinhã a Vila Jurássica, em Óbidos é tradicional a ginja e na Lourinhã a aguardente (que integra uma das três zonas demarcadas no globo, sendo que as outras duas se situam em França), Óbidos é Vila Medieval e tem o encanto das suas muralhas e a Lourinhã é vila de praia e de mar, de campo, zona rural, de rara beleza. Diversos paralelos poderiam ser estabelecidos, mas só a antítese salta aos olhos de todos: Óbidos tem uma Autarquia Local dinâmica, com governantes auspiciosos e empreendedores, dinâmicos… já a Lourinhã mergulhou no marasmo e contenta-se com as migalhas do progresso e conforma-se em ser uma Vila e um Município igual a tantos outros. Cabe-nos a nós, lourinhanhenses, inverter o rumo das coisas, trazer Novos Rumos. Seremos capazes de aceitar este desafio?


Fernanda Marques Lopes
Vice-Presidente do PSD/Lourinhã
Membro da Assembleia Municipal da Lourinhã

Thursday, March 01, 2007

Câmara vai criar Conselho Municipal para acompanhar a (In)Segurança

Câmara vai criar Conselho Municipal para acompanhar a situação: (In) Segurança na Lourinhã
Última alteração dia2007-02-25 às 00:00:00

Vai ser criado, em breve, o Conselho Municipal de Segurança da Lourinhã (CMS). A promessa foi dada pelo presidente José Manuel Custódio na última Assembleia Municipal, depois de ter sido confrontado, nesse sentido, pela oposição. E já abordou o assunto com o comandante da GNR da Lourinhã e com o comandante dos Bombeiros Voluntários. “Vamos despoletar os caminhos para isso, porque temos interesse em constituí-lo”, prometeu o edil.

O deputado da oposição, Filipe Santos, que defendeu a constituição desse órgão, lamentou que tenham saído várias notícias na comunicação social de âmbito nacional a propósito de actos de vandalismo ocorridos na Lourinhã, em que o pior caso se verificou no Café Nicola, que foi praticamente destruído pelas chamas no mês passado. O líder da bancada PSD/CDS defende que, com a criação do Conselho Municipal de Educação, passe a existir uma “coordenação da segurança do concelho, reunindo representantes das forças policiais e representantes da sociedade civil”.

A actividade desenvolvida pelo Posto da GNR da Lourinhã é alvo de críticas de José Manuel Custódio, que já as fez chegar junto do ministro da Administração Interna, António Costa, e do secretário de Estado José Magalhães, com quem se reuniu recentemente. O autarca quer que a situação seja alterada o mais rapidamente possível, tendo-lhe sido prometido que vão ser tomadas medidas. José Manuel Custódio disse ao ministro que “há necessidade de renovação dos militares que estão na Lourinhã, porque nos parecem demasiado acomodados à situação”. Perante os deputados municipais, denunciou um caso de uma alegada baixa fraudulenta: “há quem se diga incapaz para se ser guarda, estando-se de baixa, mas está-se capaz para guiar viaturas privadas de uma casa de repouso”, adiantando que “há mais (quem esteja) nesta situação”.É por esta e outras razões, que o responsável da Câmara da Lourinhã defende uma alteração substancial do quadro do militares do posto da vila, sem que esteja em causa o comando, pelo que se prevê que cerca de 30% do efectivo seja transferido para outro posto.

Mas nem tudo está mal. José Manuel Custódio considera que a situação, em termos de policiamento, tem melhorado nos últimos tempos, com a entrada ao serviço de quatro novos guardas. “Já não se anda numa perseguição da caça à multa de estacionamento, mas já se anda na rua a fazer alguma ronda com os guardas novos e isso é importante”, disse.Jovens provocam estragosO último acto de vandalismo contra equipamentos públicos envolveu um grupo de 8 jovens estudantes na Casa Escola Agrícola Rio Grande, sendo acusado de ter destruído dois abrigos de passageiros, provocando prejuízos ao erário público municipal avaliados em três mil euros. O município fez uma queixa ao Ministério Público e a GNR já identificou os alegados delinquentes, todos maiores de 16 anos, que serão agora chamados ao Tribunal da Lourinhã. O executivo municipal tem apresentado queixa na GNR de todos os actos de vandalismo. Só numa noite foram destruídos oito caixotes do lixo e, em Ribamar, foi queimado um ecoponto. Em relação ao incêndio no Café Nicola, no que foi também um acto de vandalismo, José Manuel Custódio afirmou perante os membros da Assembleia Municipal que são três jovens os responsáveis do sucedido, todos com menos de 16 anos de idade, que estavam momentos antes no Skate Park. “Eu estava na Câmara quando isso aconteceu e vi o grupo de cinco jovens separar-se. Não os consegui identificar mas sei que subiram a rua e pouco depois deu-se o incêndio”, disse. Sobre a manutenção do Posto da GNR da Moita dos Ferreiros, o presidente da Câmara transmitiu ao Governo a sua preocupação pelo risco de vir a ser encerrado, tendo renovado isso mesmo numa carta enviada este mês ao ministro António Costa. Foi feita insistência para o aumento do quadro de guardas ao serviço e para a necessidade da construção das novas instalações.

Direita avança com proposta de criação do Conselho Municipal da Segurança

A bancada do PSD e CDS-PP vai apresentar na Assembleia Municipal da Lourinhã uma proposta formal para ser constituído o Conselho Municipal de Segurança. Apesar de na última sessão o presidente da Câmara se ter comprometido em avançar com a criação deste órgão de consulta, a oposição não vai esperar e decidiu avançar com um documento formal para que seja votado pela Assembleia Municipal. A revelação foi feita à RCL pelo líder da bancada da oposição, o popular Filipe Santos.O objectivo do PSD/CDS-PP é que o Conselho Municipal de Segurança seja um órgão que tenha uma abrangência social efectiva. Filipe Santos sublinha que, na proposta que vai entregar até ao final da semana à presidente da mesa da Assembleia Municipal, figura um conjunto de competências que não se resumem à segurança.

Data de publicação: 2007-03-01